Dia de Proteção às Florestas celebra o Curupira, mascote da COP 30
Conselho Federal de Química designa o Comitê Temporário para a COP 30, que está instrumentalizando a participação do Sistema CFQ/CRQs no evento, que será realizado em Belém no mês de novembro.

17 de julho é o Dia de Proteção às Florestas, mesma data em que é celebrado o Dia do Protetor da Floresta: Curupira. O personagem do folclore brasileiro tem artimanhas e superpoderes com o objetivo de proteger a floresta e seus habitantes de caçadores e outros invasores. Apesar do nome Curupira ser tupi, Kurupira, muitos pesquisadores acreditam que a lenda surgiu com os povos Nauas, que habitavam o Acre. De lá, a fama do jovem com cabelo de fogo se espalhou para outras nações indígenas do atual território brasileiro.

Uma das hipóteses de formação do nome do personagem é a aglutinação dos termos “curumim” (menino) e “pira” (corpo), significando então “corpo de menino”. Mas o termo também pode significar “coberto de pústulas”, de forma que podemos também imaginar o Curupira como um adolescente coberto de acne, sarna ou furúnculos. Considerando a aparência jovem do Curupira, acne parece uma alternativa coerente. E pela força desse personagem na cultura dos povos originários brasileiros, especialmente do Norte, ele foi escolhido como mascote da 30ª Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 30, que será realizada em Belém no mês de novembro deste ano.
Capital da floresta quer aumentar a arborização urbana
Apesar de ser uma das capitais da Amazônia, Belém sofre com a baixa taxa de arborização urbana e com o crescente desmatamento de parques e áreas de floresta do município. Isso tem aumentado a temperatura local e, principalmente, a sensação térmica de quem circula pelos bairros mais movimentados da cidade. Esse paradoxo não passou despercebido por especialistas e autoridades locais, que querem tornar Belém mais verde nos próximos meses para diminuir o impacto das altas temperaturas para os visitantes durante a COP 30.

Sistema CFQ/CRQs tem histórico de participação na COP
Os Conselhos Federal e Regionais de Química têm conquistado um importante papel nos debates sobre as mudanças no clima, principalmente no que se refere à transição energética para fontes cada vez mais limpas. Apesar do Brasil já ser referência mundial em uso de energia limpa, com nossas enormes hidrelétricas e centenas de usinas de etanol, o país ainda tem um grande potencial para exploração de energia solar, eólica e também para o melhor aproveitamento do hidrogênio derivado da produção de energia nuclear.
Em novembro 2023, o Sistema CFQ/CRQs foi convidado a participar da maior delegação brasileira em uma COP. Membros do Sistema palestraram no painel “Transição Energética no Sul Global”, realizado na 28ª COP, em Dubai, nos Emirados Árabes.

No ano seguinte, também em novembro, a comitiva dos Conselhos Federal e Regionais de Química esteve em Baku, no Afeganistão, participando do painel “Governos estaduais e empresas brasileiras na transição para uma economia zero carbono”. Quem representou o Sistema foi Gilson Mascarenhas, presidente do CRQ 14ª Região – que recentemente se tornou o primeiro conselho federal a conquistar o certificado de neutralização de carbono.




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