Novos materiais químicos são estratégicos para a indústria nacional de dispositivos médicos

O gerente-executivo do Conselho Federal de Química (CFQ), Weverton Borges, recebeu o gerente de Inteligência Regulatória da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), o engenheiro Luiz Eduardo Costa, para uma visita institucional.

Também participaram do encontro a chefe de gabinete do CFQ, Rosilane Menezes, e o conselheiro Ubiracir Lima, que também é coordenador do Comitê de Apoio à Cadeia Produtiva de Insumos Químicos (CAIQ).

No encontro, Luiz Eduardo destacou os esforços das duas instituições para o desenvolvimento do parque industrial brasileiro, em especial, dos produtos para a promoção da saúde. O engenheiro apontou que o desenvolvimento de novos materiais químicos, utilizados principalmente na fabricação de dispositivos implantáveis, é um importante ponto de convergência. Luiz Eduardo também já foi chefe da Unidade de Tecnovigilância (UTVIG/GGTPS) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Um exemplo é o politetrafluoretileno (PTFE), polímero amplamente utilizado na indústria médica devido às propriedades de inércia química, biocompatibilidade e outras. Apesar da relevância estratégica desse material para o sistema de saúde brasileiro, enfrentamos uma forte dependência de PTFE grau médico importado, cenário que gera impacto econômico, limitação ao acesso e preocupação quanto à segurança do suprimento.

“É possível promovermos diferentes ações em colaboração com a ABIMO, que podem estimular a formação de uma cadeia produtiva nacional de materiais químicos para fabricação de dispositivos médicos, reduzindo a dependência externa e fortalecendo o setor de saúde.” revelou Ubiracir Lima. “O CAIQ tem propósitos exatamente neste sentido: incentivo à pesquisa de insumos químicos, que podem incluir polímeros e engenharia de novos materiais biomédicos. Entendemos que a aproximação de pesquisadores universitários e a indústria é estratégica, e, bem como, em colaboração com as diferentes Comissões do Sistema CFQ/CRQs e da ABIMO, promover a capacitação de mão de obra especializada para atuar nos diferentes pontos dessa cadeia”, finalizou o conselheiro.